A notável iniciativa da Prefeitura de Diamantina em patrocinar o evento “Notáveis do Ano”, promovido pelo jornal “Folha de Curvelo” não poderia passar despercebida, posto que, realmente... notável.
Não cabe a este escriba, de forma alguma, qualquer tipo de julgamento à iniciativa do jornal curvelano em homenagear personalidades diamantinenses de maneira imerecida ou justificada, concedendo condecorações ou vendendo atestados de honra e mérito em convescotes provincianos. Aos editores, num ambiente democrático, é legítimo terem assegurado a escolha do fazer jornalístico prenhe da relevância à sua escolha e critério.
Isto interessa apenas a quem oferece ou recebe tais, digamos, honrarias. Neste vespeiro não meto a minha mão. Ou já meti, sei lá!
Pela necessidade de manter inabalável minha crença no ser humano (em que pese às necessárias exceções, Sarney, por exemplo), prefiro crer, que não existam cidadãos que se permitam pagar alguns trocados para serem alçadas à condição de... Notáveis. A notoriedade a soldo teria, por certo, um viés indigno. Portanto, quero parabenizar a todos estes notáveis merecidamente destacados nesta justa e sincera homenagem 0800.
Meu questionamento se manifesta, tão somente, quanto ao uso do erário (o meu, o seu, o nosso dindim) destinado ao patrocínio de iniciativas, meramente, privadas.
Ouvi o pronunciamento feito pelo Padre Gê aos vereadores na última sessão da Câmara, onde o prefeito elencou, e comprovou, as relevantes e inúmeras ações e investimentos destes seis primeiros meses de governo, num balanço, acredito, realmente positivo de sua gestão até o momento.
Mas esta derrapada a la "Baile da Ilha Fiscal" foi, a meu ver, lamentavelmente... Notável.
Não acreditando ser este o investimento social ansiado pela comunidade, penso que o patrocínio concedido pela Prefeitura de Diamantina suscita esclarecimentos. Creio.
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